DECEMBER 9, 2022
GERAL

"A saúde mental dos policiais civis preocupa especialistas e precisa de mais apoio e investimento", destaca Luciene Rodrigues

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A saúde mental dos policiais civis é um tema de grande preocupação para especialistas da área. Os profissionais que atuam na linha de frente da segurança pública sofrem  problemas psicológicos e têm enfrentado dificuldades para acessar tratamento adequado. A situação foi discutida em uma audiência pública, na Assembleia Legislativa da Bahia,  e representantes da Polícia Civil e do Sindpoc marcaram presença na ALBA. 

Durante a audiência, a secretária-geral do Sindpoc, Luciene Rodrigues,  destacou a importância do tema e agradeceu à deputada Ludmila Fiscina pelo convite. Rodrigues destacou que, atualmente, a Polícia Civil conta com apenas um profissional de psiquiatria no departamento médico e os psicólogos são estagiários ou contratados através do Regime Especial de Direito Administrativo (REDA). Na oportunidade, o Sindpoc salientou que o Departamento Médico da Polícia Civil (Demep) atende apenas as demandas de Salvador e, “com muita dificuldade”, os casos da região metropolitana. Os policiais lotados no interior baiano estão sem atendimento do Demep, precisam se deslocar até a capital baiana e ainda têm que arcar com os custos do deslocamento. 

" Os policiais civis são responsáveis por investigar crimes e prender suspeitos, portanto, exercem atividade laboral de estresse e tensão. Além disso, muitos  sofrem com a falta de capacitação para lidar com pessoas que têm problemas psicológicos o que pode agravar ainda mais a situação", lamentou a secretária-geral do Sindpoc. 

De acordo com Rodrigues, a estatística de adoecimento mental entre os policiais civis é alarmante e muitos deles têm procurado ajuda do sindicato para lidar com o problema ", pontuou. Na audiência, também foram relatados casos de policiais civis que sofreram surtos e precisaram de tratamento médico emergencial. Na ocasião, foi citado o caso de um investigador da delegacia de Serrinha, que sofreu um surto e acabou jogando a arma no mar. O servidor foi internado por um longo período em Salvador e só recentemente conseguiu retornar ao trabalho.

"Diante deste cenário, os especialistas pedem mais atenção e apoio aos profissionais da área de segurança pública que têm um papel fundamental na proteção da sociedade, mas, também, enfrentam graves riscos e desafios durante as funções da atividade laboral", finalizou Luciene Rodrigues.

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