DECEMBER 9, 2022
GERAL

Caso Adson Gomes: Casal de vendedores ambulantes visitam sede do SINDPOC e reforçam caso de racismo

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“Era uma terça – feira de carnaval, eu estava trabalhando, vendendo na região do Cristo, na Barra e o investigador Adson Gomes perto, quando passou uma guarnição da polícia de choque e, sem motivo aparente, começou a desferir golpes contra ele. 

Haviam cinco policiais todos agredindo Adson. Algo sem explicação. 

Esse foi o relato dramático da senhora Nancy Silva, vendedora ambulante, ela que juntamente com seu esposo Inocêncio  Gonzaga Filho deu apoio ao investigador, Adson Gomes Miranda, durante a agressão que o mesmo sofreu por parte de integrantes da Tropa de Choque da PMBA, na terça – feira de carnaval. 

Na manhã desta quarta – feira (15), o casal esteve na sede do SINDPOC e durante o encontro com o presidente, Eustácio Lopes narraram o ocorrido. “Foi muita violência, uma agressão sem precedente. Eu fui dar socorro e a todo instante falava que ele (Adson), era policial, mas sem sucesso. Não tenho dúvida, foi um caso de racismo, com certeza foi por causa da cor da pele”, afirmou Nancy Silva. 

Ele continua o relato, “na tentativa de tentar salvar Adson, acabei colocando a mão, quando tomei uma porrada e levei 13 pontos. 

Acredito que se não fizesse isso Adson acabaria perdendo a vida”.

Prejuízo e reclamações

Inocêncio  Gonzaga reitera as agressões e ao IPC fala sobre os prejuízos financeiros, uma vez que eles tiveram sua barraca derrubada, bem como isopor quebrado. 

“Foi muita porrada, ele apanhou muito. Chegou um momento em que eu desistir das minhas mercadorias e fiquei só preocupado com a Adson e minha esposa. Eu tomei prejuízo infelizmente”, disse ele. 

Ainda nesse contexto, senhora Nancy, alega que não recebeu nenhum tipo de apoio do Governo do Estado, pois,  ela está impossibilitada de trabalhar. 

Nunca imaginei que iria passar por isso, o que está me deixando triste é não receber o apoio de nenhum órgão. Até o momento nada”, frisou Nancy. 

*Jurídico do SINPOC *

O presidente do SINDPOC, Eustácio Lopes, agradeceu ao casal, Nancy e Inocêncio pela bravura em ter defendido o colega, presta solidariedade aos dois e coloca o jurídico sindical à disposição. 

“Em nome dos policiais civis da Bahia, agradecemos a coragem de vocês, em defender o colega Adson, nossa solidariedade e o caso de vocês também não ficará impune, daremos todo o apoio jurídico necessário”, finalizou Lopes.


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