Em atividade há um mês, a Operação Padrão, que é coordenada pelo Movimento Juntos Somos + Fortes (MJSMF) em prol da valorização profissional e da regulamentação do salário de nível superior, apurou nesta segunda-feira (31/1) a informação de que servidores municipais, em Ilhéus, tiveram acesso a informações sigilosas presentes no PPE.
Conforme informações levantadas por Eustácio Lopes, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SINDPOC), servidores que atuam no regime de usurpação de função na 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (COORPIN), em Ilhéus, teriam acessado informações confidenciais por meio de acesso aos Procedimentos Policiais Eletrônicos (PPE), autorizados pelo delegado.
“No último final de semana, o funcionário da prefeitura tirou o plantão policial usurpando a função do escrivão”, relatou Lopes. De acordo com o líder sindical, a gravidade da situação, para além do desempenho de cargo público sem qualificação, está no acesso indiscriminado de dados sigilosos e informações sensíveis que dizem respeito aos cidadãos do estado.
Como exemplo do risco que assume ao demandar tal responsabilidade a pessoas sem a instrução para o exercício de cargos específicos dentro da Polícia Civil, Eustácio citou a possibilidade de uso de informações privilegiadas para fins políticos. “Essas pessoas tem acesso a informações do governador, do senador Jacques Wagner, do senador Otto Alencar, dos deputados federais, dos deputados estaduais, dos prefeitos, dos vereadores [...] Podem fazer uso político porque podem construir dossiês contra adversários políticos”, criticou.
O MJSMF se opõe às decisões absurdas da Polícia Civil, que ao institucionalizar o “Escrivão ad hoc” e terceirizar o trabalho dos servidores competentes, coloca em risco a segurança dos cidadãos baianos e desmoraliza todo o trabalho de segurança e de inteligência realizado por Investigadores, Escrivães e Peritos Técnicos concursados e qualificados.