Policiais Civis furam Operação Legalidade e fazem operação midiática, sem receber diárias e horas extras.
O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (SINDPOC) vem a público cobrar da gestão da Polícia Civil um protocolo de Biossegurança (revezamento de equipes, testagem a cada 15 dias), além de uma mudança de comportamento da categoria. Durante este momento de pandemia, em que a gestão não disponibiliza testagem do DEMEP no interior da Bahia, os policiais civis são obrigados a dependerem de prefeituras para realizar o teste da Covid-19.
Na manhã desta segunda-feira (22) o presidente do SINDIPOC, Eustácio Lopes, esteve presente na 6ª e 7ª Coorpins, localizada nas regiões de Itabuna e Ilhéus, para falar sobre o caso e citou os 16 policiais do Centro de Operações Especiais (COE) que acabaram testando positivo para o coronavírus após operação de fraude dos respiradores.
"Nesta madrugada a gestão da polícia civil deflagrou operação midiática no município de Ilhéus e Itabuna expondo os policiais civis a infecção pelo novo coronavírus. Os policiais vieram aqui para realizar a operação não seguindo a orientação do sindicato, que é para evitar a aglomeração de pessoas porque a Polícia Civil não cumpre o protocolo de biossegurança. Assim como ocorreu no COE, onde 16 policiais civis participaram de uma operação e acabaram contaminados", afirmou.
Eustácio mais uma vez reivindicou a ação dos policiais civis que não cumprem a orientação do sindicato. "Mais uma vez a categoria não segue as recomendações do sindicato em prol da coletividade. Como a categoria ganhará força se não seguem a orientação da entidade de classe? Pois estamos aqui diante de um ato de omissão, onde os policiais vêm realizar a operação às 4 horas da manhã, sem receber hora extra e diárias", finalizou.