DECEMBER 9, 2022
GERAL

Seminário discute assédio sexual e moral no ambiente de trabalho

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O movimento Juntos Somos + Fortes encerrou, na última segunda-feira, dia 16, o ciclo de eventos de 2019 em torno da campanha “Assédio Moral e Sexual na Polícia não é Brincadeira” com a realização de um seminário. O evento, realizado na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), reuniu um público diverso, ampliando as discussões sobre o problema para outras áreas do mundo do trabalho.

O seminário “Assédio Moral de Sexual: inibe, adoece, mutila e mata” foi uma iniciativa do movimento Juntos Somos + Fortes – que reúne diferentes entidades representativas dos policiais civis, e pela Comissão de Segurança e Direitos Humanos da Alba, na pessoa do deputado estadual Hilton Coelho.

No período da manhã, o seminário abriu espaço para que policiais civis expusessem suas experiências como vítimas de assédio no ambiente de trabalho. A delegada Marley Reis de Oliveira, 54, e o investigador Mário Capinan foram convidados a contar como passaram a ser vítimas desse mal e a forma como reagiram.

Lotada na Central de Flagrantes (Iguatemi), a delegada conta que passou a ser vítima de assédio moral e tortura psicológica pela coordenadora da unidade após a criação de um grupo de WhatsApp. O caso, relata a delegada Marley Oliveira, foi levado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e deve se desenrolar em processo judicial.

As atividades da manhã foram encerradas com uma exposição da professora e doutoranda Salete Maria, que abordou as principais causas e efeitos do assédio ao ambiente de trabalho. “É algo extremamente danoso, que pode estar presente em todo tipo de espaço laboral, mas que ainda carece de ser discutido e delimitados, por exemplo, a punição para aqueles que o cometem”, explicou Maria.

Durante a tarde, as discussões giraram em torno das estratégias de identificação e combate ao assédio, com a participação da  professora e psicóloga Danielle Ferreira, dos deputados estaduais Hilton Coelho, Neusa Cadore e Maria Del Carmen, da promotora do Ministério Público, Rita Tourinho, e do auditor fiscal do trabalho, Mário Diniz.

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