Com o objetivo de promover uma campanha que denuncie os casos recorrentes de assédio que acontecem na Polícia Civil,
representantes do SINDPOC, UNIPOL, AEPEB- Sindicato e ASSIPOC se reuniram, nesta quarta-feira(16),na sede da Agência "Gênesis Comunicação e Marketing", do jornalista Robson Hamil, onde debateram a concepção das peças publicitárias e o planejamento de comunicação da campanha que será realizada em Salvador e no interior baiano.
Para o Presidente da Associação dos Investigadores (ASSIPOC), Ary Alves, a realização de uma campanha que vise combater os diversos tipos de assédios que acontecem na Polícia Civil da Bahia é responsabilidade das entidades que representam os servidores. " Quando o investigador é cortado da escala extra por ter uma opinião divergente do seu chefe, isso é um assédio moral! Quando o investigador é transferido sem ser consultado porque o seu chefe não gosta dele, isso também é assédio moral!", pontua Ary Alves.
O Presidente do SINDPOC, Eustácio Lopes, ressalta que as vítimas de assédio tem medo de fazerem a denúncia por causa da repressão institucional. "A campanha através das peças publicitárias e do trabalho de comunicação tem como objetivo encorajar os servidores a fazerem as suas denúncias. Os servidores precisam acreditar que eles serão acolhidos pelas entidades e pelos órgãos públicos ", frisa Lopes.
De acordo com o representante da UNIPOL, Denilson Neves, diversos servidores apresentam problemas de depressão, síndrome do pânico e chegam a cometer suicídio devido ao assédio que sofrem dentro da Polícia Civil. " O assédio não é uma exceção na Polícia Civil, infelizmente, é uma regra! É algo que acontece cotidianamente! O assédio está por trás de muitas pessoas que estão em processo profundo de depressão e que chegam ao suicídio", salienta Denilson Neves.
O Presidente da Associação dos Escrivães do Estado da Bahia (AEPEB-Sindicato), Luiz Carlos de Souza, destaca que o assédio manifesta-se também nas "usurpações das funções" que ocorrem com frequência na Polícia Civil. "Muitas vezes, o escrivão em vez de assessorar, acaba fazendo o trabalho que seria do delegado e isso não ocorre porque eles querem, não é por livre iniciativa dos servidores, mas porque eles são coagidos. Quando o servidor se nega a fazer o serviço que não é sua função, ele ainde sofre com as perseguições e remoções ilegais! Assédio é crime!" denuncia Luiz Carlos.
ASCOM SINDPOC