Investigador aposentado luta por correção de aposentadoria em ação judicia

Nilo Teles, de 77 anos, busca reconhecimento dos direitos previdenciários junto ao departamento jurídico do Sindpoc

No cenário atual de desafios enfrentados por muitos aposentados, o investigador  Nilo Teles, de 77 anos, aposentado desde 1999 como Classe Especial, decidiu buscar auxílio do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc) para ingressar com uma ação judicial que visa corrigir o valor de sua aposentadoria. Teles pontua que o Estado não reconheceu seus direitos, fato este que resultou em uma discrepância significativa entre o que deveria receber e o valor que atualmente compõe sua aposentadoria.

Eustácio Lopes, presidente do Sindpoc, ressalta que, embora Nilo tenha se aposentado com a nova sistemática da Gratificação de Atividade Policial (GAP), o Estado falhou em reconhecer os direitos inerentes à sua aposentadoria, que deveria incluir os valores referentes ao GAP 4 e GAP 5. "O salário dele deveria ser mais de R$ 9 mil, mas hoje é de apenas R$ 5 mil e poucos reais", lamentou Lopes.

O presidente do Sindpoc enfatiza que a situação de Nilo não é isolada e, por isso, o sindicato está disposto a apoiar a criação de um setor específico para a análise das aposentadorias dos policiais civis. "Não podemos deixar que nossos colegas fiquem desamparados. Por isso, estamos prontos para ajudá-los a corrigir essa injustiça", afirmou.

O investigador Nilo Teles expressa sua frustração com a falta de reconhecimento ao longo de sua carreira dedicada ao serviço público. "É primordial que todos os nossos colegas estejam cientes da situação. Trabalhei com muito afinco, me dediquei exclusivamente ao Governo do Estado. Quando me aposentei, esperava o reconhecimento necessário", declarou. O investigador faz um chamado aos servidores para que se unam ao sindicato, para que possam lutar juntos por seus direitos.

"A ação judicial que Nilo Teles pretende mover representa não apenas uma busca por justiça individual, mas também um alerta para todos os policiais civis que se encontram em situação semelhante. A esperança é que a mobilização e a luta coletiva possam trazer resultados positivos e garantir que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e reconhecidos", finaliza Eustácio Lopes.