A vida de uma policial civil é repleta de desafios e responsabilidades. Em entrevista exclusiva ao Sindpoc, a investigadora Natane Oliveira, lotada na 9ª Delegacia Territorial (9ªDT) da Boca do Rio, em Salvador, compartilhou suas experiências quando trabalhou no "serviço de campo" e interno, relatando as complexidades envolvidas na investigação policial, bem como o papel do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) na busca por melhores condições de trabalho para a categoria.
Trabalho de Campo e Investigação
O trabalho de campo de Natane envolvia uma variedade de atividades, incluindo, coleta de dados, levantamento de informações e cumprimento de mandados como busca e apreensões… A investigadora destaca que já " realizou um serviço de campo que envolvia coleta de informações, tirar fotos, e obter dados relevantes. Além disso, enfatizou que os policiais têm acesso às diversas plataformas para apurar fatos e crimes, o que é essencial para nossa investigação".
Além do trabalho de campo, há também investigadores que desempenham funções mais internas, como fornecer suporte no cartório, a qual exerce atualmente. Natane frisa a importância de todas as funções na Polícia Civil e enfatiza que, embora os desafios existam, a equipe tende a respeitar e proteger as mulheres no ambiente de trabalho e fazer o seu melhor.
Desafios e Perspectivas
A carreira policial não é isenta de riscos. A investigadora pontua que os policiais estão sujeitos a ameaças e podem se deparar com situações de risco a qualquer momento, desde dirigir até um local para investigar, até realizar prisões em flagrante. No entanto, ela descreve o serviço como gratificante e salienta a importância de uma investigação "bem feita e legalmente válida".
Salienta que atualmente o maior desafio que os policiais civis vem enfrentando é desvalorização, principalmente pelo baixíssimo salário sem plano de carreira promissor e baixo efetivo o que gera desânimo geral na categoria que espera que através do Sindpoc hajam mudanças concretas.
O Papel do Sindpoc
Durante a entrevista, Natane falou sobre a evolução do Sindpoc e sua nova abordagem, mais voltada para o diálogo e a colaboração com os órgãos públicos. A investigadora espera que o sindicato "seja eficaz na busca pela aplicação da Lei Orgânica de 2009, que requer reconhecimento das atribuições técnicas dos policiais civis e um salário compatível. A servidora aponta a necessidade de valorizar a Polícia Civil e fortalecê-la para melhorar os resultados na redução da criminalidade.
A carreira na Polícia Civil é desafiadora, porém, gratificante. Segundo o presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, os policiais, como Natane Oliveira, "desempenham um papel crucial na busca por justiça e para promover segurança à sociedade, enfrentando desafios diários com coragem e determinação. O diálogo entre o Sindpoc, as autoridades, e a sociedade civil é fundamental para fortalecer a Polícia Civil da Bahia e promover um ambiente mais seguro para todos".