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Audiência Pública debate "Impactos da Reforma da Previdência aos profissionais da Segurança Pública"
- Por Administrador
- 10 setembro 2019 0:14

Entidades que compõem o Movimento Juntos Somos + Fortes ( Sindpoc, Assipoc, Unipol, Aepeb-Sindicato e Sindpep) promoveram audiência pública sobre "Os impactos da Reforma da Previdência aos profissionais da Segurança Pública", na manhã desta segunda-feira(9), na Assembleia Legislativa da Bahia, articulada pelo deputado estadual Hilton Coelho(PSOL-BA) e realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Alba.
O Presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais, Fábio Serravale, destacou que, nos últimos 10 anos, cerca de 200 policiais rodoviários federais foram mortos em serviço ou decorrentes da atividade laboral. " É uma realidade da Segurança Pública de uma forma geral", frisou. Serravale fez críticas à "regra de transição" ao citar um policial rodoviário federal que iria se aposentar nos próximos 15 dias e, caso a Reforma da Previdência seja aprovada em outubro, o servidor vai ter que trabalhar por mais quatro anos. "Não é justo uma pessoa que havia feito um planejamento de aposentadoria e, agora, talvez tenha o desejo de se aposentar frustrado", alfinetou.

Para o sindicalista, os policiais do país nutriram esperança em relação à eleição de Jair Bolsonaro, acreditavam que o atual Presidente iria ter um olhar mais sensível à categoria e à Segurança Pública do Brasil. "Mas isso não foi efetivado na prática. Está claro as diversas manobras que o parlamento vem adotando. Fomos diversas vezes à Brasília e conseguimos mudar alguns pontos, mas ainda não nos atende", pontuou , a ressaltar a importância da união entre os policiais para que seja feito um enfrentamento coletivo em prol da categoria.
O deputado estadual Hilton Coelho( PSOL-BA) frisou a importância de se romper com o mito de que a categoria está sendo beneficiada com a Reforma da Previdência. "Muito pelo contrário, os policiais estão sendo extremamente prejudicados e precisamos entender como a classe trabalhadora está sendo agredida para reafirmarmos nosso compromisso com a luta dos trabalhadores", salientou o deputado estadual, responsável pela articulação política da audiência na ALBA.

O Presidente do Sindicato dos Policiais Federais(Sindpol), Zé Mário, fez uma reflexão sobre o termo "aposentadoria especial" que, na avaliação do sindicalista, abre brecha para críticas da mídia que colocou os profissionais da segurança pública na condição de privilegiados. "Precisamos destacar a necessidade de termos uma aposentadoria específica que atenda aos direitos e necessidades das nossas carreiras. O conceito de Aposentadoria Especial foi utilizado de forma mal intencionada pela imprensa que tentou passar uma ideia de um certo privilégio, algo que não condiz com a nossa realidade", frisou Zé Mário.
A represente do DIEESE, Ana Georgina Dias, ressaltou que a Reforma da Previdência vai obrigar o profissional da Segurança Pública a ficar mais tempo na "ativa".

"É um trabalho de risco, extremamente estressante e que promove um desgaste emocional muito grande. Os trabalhadores são acometidos por adoecimentos originados pelos sofrimentos psíquicos que são provocados pela atividade laboral. Sem contar os que são feridos e assassinados", enfatizou, ao reivindicar melhores condições de trabalho e aumento do efetivo.
A mesa da audiência contou com as presenças do Presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, do representante da Unipol, Kleber Rosa, do Presidente da Aepeb-Sindicato, Luiz Carlos, do Major Copérnico, Presidente da Associação dos Oficiais da PM "Força Invicta", da presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública, Neusa Cadore, e do Vice- presidente deputado Capitão Alden.
O diretor parlamentar do Sindpoc, Érico Araújo, e o representante da Unipol, Denilson Neves, também estiveram presentes ao debate. Será realizado, nesta quinta-feira(12), ato político contra o assédio moral e sexual na Polícia Civil, em frente ao prédio do DHPP, a partir das 9h, organizado pelo Movimento Juntos Somos + Fortes.